sexta-feira, 31 de maio de 2013

aurélio ludilírico



I

vol´vel vogal
não está mais aqui
foi se esconder no quintal?
ou se enterrar no jardim?

vol´til voga
aonde é que est´?
foi ` beira do mar?
ou ` margem do rio?
qual chá de sumiço
bebestes, ´,[o]?
´, metacromático
fonema oculto!
vogal invis´vel,
fonema indiz´vel,
surdomudo [i],
foi pirlimpimpim?
e como escrevˆ-las?
tão imperceptíveis?
como conceb^-las?
ó, letras ignotas…



II


vol´til voga
aonde ´ que est´?
foi ` beira do mar?
ou ` margem do rio?
e como escrevˆ-los?
o impercept´veis?
como conceb^-los?
,letras ignotas…
vogal invis´vel,
fonema indiz´vel,
surdomudo [i],
foi pirlimpimpim?
qual ch´ de sumiço
bebestes, ´,[o]?
´, metacrom´tico
fonema oculto!
vol´vel vogal
o est´ mais aqui

foi se esconder no quintal?

ou se enterrar no jardim?










terça-feira, 28 de maio de 2013

    pra chorar cubro rosto de lágri,mas
      translúcidas mostram minha pena,
           essa pluma que cócega e torta
             me tortura, ó lágri,mas puras
    que me velam sob cristaliníssima e
           sagrada e líquida madrepérola
(numa morna e então mormaçoterma
             clara e vera máscara serena),
         e revelam meu mais verdadeiro
                      e 1° segredo, sou feito
                     quase inteiro, uns 80%,
          desse sal, dessa água salgada,
a enciclopédia me refez, de tomo em tomo
foi distanciando a realidade das memórias
e foi trocando lente e lente do agora
bem mais escuro que color e transparente
estar presente, e vivendo cada instante
desde o seu antes, seu durante e decorrente
(enciclopédia novamente separando
cada meandro deste ser vivo e ciente),
de tomo em tomo pôr tijolos sãos e doutos
de muro a muro taxinômio da ciência
enciclopédia enturva toda transparência
nestas sentenças insistentemente esmurra
nomenclaturas, tão avessas às rasuras,
e das mesuras fez-se um forte, coma a coma;
a somatória? nada mais vejo ouço ou mundo
neste insistente pensamento que me doma.
muito mais me interessa uma maçã
do que todas essas pedras lunares
se o espaço atravesso, a escassez dos lares,
todo o universo, se inverto o amanhã
uma maçã ainda mais me interessa
que a matéria negra, poeira estelar,
que os nomes já dados, nomes por dar
mais que todo avanço, que toda pressa...
sempre a passar e ultrapassar luzanos
o saber humano, essa espaçonave,
não destrava o grão mistério em questão
e mesmo neste tempo, alem do quando,
e donde é um tanto menor o jamais,
por que existes e tombas, ó maçã?