- não, amor! isso é implicância sua!
se o vizinho comprou mtelescópio,
deve ser pra olhar a lua!
(não pra olhar-nos² quentinhos
sua carne nua e sua
se quiserem dois olhares
pareceres binoculares
telefonemávamos POLÍCIA!
BOMBEIROS! FEDERAIS!
ambulânsia de vômito
vigiviziazia lança
vizinhança vazia.)
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
pescando
- me desengansobrenome
sobre
pedra
engarsga novamente-se
garça no horizolpoente
lagoa zulanzol en l'água
não resta mágoa
sobre
mágoas:
ganso deslizanda sobrespelho
sobre
pedra
engarsga novamente-se
garça no horizolpoente
lagoa zulanzol en l'água
não resta mágoa
sobre
mágoas:
ganso deslizanda sobrespelho
terça-feira, 11 de outubro de 2011
rascuaderno-fragmento
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
un verso:
num espaço onde minhas linhas desenrolam-
se minha língua, som reverberra n'ouvido
minha vida:
imploro - Cicatriza, corpo, FECHA!
pra que sare desconversa e pronto
essa ferida e ponto.
e vi vendo verei vendo viverei:
que serei bem sendo tanto como o que fui:
do cimento que é feito
o meu esqueleto
vem do pó do mesmo barro
que se fez
carne de minha língua
ovos dos² meus olhos,
carne de minha caneta:
desbravando
papel branco, virgem boceta.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
quase todo mundo sabe
sobre peixes e peixes
beta:
solitários galos de briga,
confinados em cubículos,
se dois machos dividem mesmágua,
um deles canibalfa.
aquele homem
na ânsia da ignocência
de uma noite pra outra aprendeu esta lição.
No dia seguinte, apressado para alimentar os dois novos amiguinhos, assustou-se ao ver barbatana roxoanêmica boiando no minúsculo aquário: a barriga do azul enorme e satisfeita:
- Não! - (errado: feio: não pode!)... o pote fedido de comida pra peixes se espalhou no chão
- Não! - reexclamou...- Quer ver como é bom ser engolido? - ia dar-lhe uma lição... - QUER VER?
engoliu o peixe azul,
engasgou-se,
e morreu.
sobre peixes e peixes
beta:
solitários galos de briga,
confinados em cubículos,
se dois machos dividem mesmágua,
um deles canibalfa.
aquele homem
na ânsia da ignocência
de uma noite pra outra aprendeu esta lição.
No dia seguinte, apressado para alimentar os dois novos amiguinhos, assustou-se ao ver barbatana roxoanêmica boiando no minúsculo aquário: a barriga do azul enorme e satisfeita:
- Não! - (errado: feio: não pode!)... o pote fedido de comida pra peixes se espalhou no chão
- Não! - reexclamou...- Quer ver como é bom ser engolido? - ia dar-lhe uma lição... - QUER VER?
engoliu o peixe azul,
engasgou-se,
e morreu.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
terça-feira, 31 de maio de 2011
- com a palavra verso
num tempo-espaço aberto...
sentes tu,
assim como eu,
ligeira vertigem?
(pergunta lateja
no gérmen da Idéia)
memórias:
estórias
que voltam
são bóias.
secadora, para aqueles dois bebês crescidos,
acredito eu que pudesse significar, no imaginário,
espaço-nave:
viajar entre cometas.
então não houve maldade, eu acho,
quando resgato
este fato da
infância:
meu irmão,
fechei na secadora que,
automática, ligava
ao fechar da porta de ferro.
[anos atrás, mas muito depois,
o menino, mal três anos de idade, lembro-me de reparar na mesma porta:
viveu terríveis segundos como estava velha
em meio a roupas molhadas e enferrujada!]
depois, acodido, no colo do nosso pai,
um
tanto
tonto
ele me ouviu perguntar,
terminando este poema com, ei-la
:
- ZUUM! ZUM! Foi legal, Caio?!
quinta-feira, 19 de maio de 2011
domingo, 15 de maio de 2011
na Rua dos Andradas,
duas quadras antes
da Dq. de Caxias
- entre a Gen. Osório
e a R. dos Gusmões -
vendem e consertam vitrolas
(as agulhas mais baratas,
na Odison: A Casa das Correias
R. dos Timbiras, 154)
orelha ESPERTA
demasiados decibéis
- Agora diz-se que tem uma droga nova
que é vezes mais destrutiva que o crack [LEVA NOSSOS JOVENS]
uma não, aliás, duas!
Crystal e Oxi são os nomes
circulando pelas ruas
a polícia militar ontem apre... - pastores-âncora olhando
o sofá da nossa sala.
dizem que no processo das novas pedras vai querosene, e
sua fumaça ao invés de branca
(como a do crack)
é negra.
atravessada a Gen. Osório
(outro dia, manhã)
vi militares cercando
a porta de ferro de um estabelecimento
(ferro rompido, rasgado)
Seu Manuel essa manhã teve azar. Seu
comércio agora arrasado por causa da explosão:
plástico queimando, polímeros putretecendo o ar, vidro dos
tubos de T.V. como olhos esmagados
uma ânsia de vômito "O que aconteceu?" "Explodiu tudo."
Seu Manuel, que pena, chorava...
"Já pensou? Um homem dessa idade pode não agüentar um susto desses..."
Fumaça preta entre a Dq. e a Gen.
borrando o céu, antes das duas
som rojão: ninguém se ouv
e a R.
terça-feira, 10 de maio de 2011
mendigo barbudo
(encardido)
moveu o olho sujo
atravessando a vitrine:
bolsas, botas
couros finos
de onças e de cobras,
mas no fundo
calça jeans
cobrindo o
corpo franzino da
manequim:
o Desejo nos cabe nesse mundo
mesmo os imundos têm sua parte.
decidido, entrou de uma vez
quase como fazem os cidadãos,
mas passou poucos segundos
e se mandou:
loira lojista
assustada arrumava
peruca dourada
da manequim traumatizada.
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