sábado, 17 de agosto de 2013

pombo engano...
ontem mesmo ou
anteontem
no ombro do ano
passadoeste
portamento
esta torre
é humana

nota tome
nota tometombe anote

lembre lembre
do veneno
do engano
esganando
pra rever-te
verso olvido
te varreste?
da memória?
te varreste?

já previsível fúria,
mágoa passe, pois ela
é qual craca que atrela-se
e nunca mais desgruda.
a mais graúda espátula
e a mais afiada lâmina,
embora tentem, sangram-te:
jamais te raspam raivas,
cracas que jamais secam...
então livra-te logo
de remoer-te remoer-te
até que o mar deserte-se,
até o teu próprio óbito ou
o último verso deste.