num espaço onde minhas linhas desenrolam-
se minha língua, som reverberra n'ouvido
minha vida:
imploro - Cicatriza, corpo, FECHA!
pra que sare desconversa e pronto
essa ferida e ponto.
e vi vendo verei vendo viverei:
que serei bem sendo tanto como o que fui:
do cimento que é feito
o meu esqueleto
vem do pó do mesmo barro
que se fez
carne de minha língua
ovos dos² meus olhos,
carne de minha caneta:
desbravando
papel branco, virgem boceta.
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