quinta-feira, 6 de outubro de 2011

un verso:

onde moro?
num espaço onde minhas linhas desenrolam-
se  minha  língua,  som  reverberra  n'ouvido
minha vida:

imploro                - Cicatriza, corpo, FECHA!
pra que sare         desconversa e pronto
essa ferida           e ponto.

e vi vendo verei vendo viverei:
que serei bem sendo tanto como o que fui:

do cimento que é feito
o meu esqueleto
vem do pó do mesmo barro
que se fez
carne de minha língua

ovos dos² meus olhos,
carne de minha caneta:
desbravando
papel branco, virgem boceta.

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